COMPREENSÃO DO HOMEM Parte 7
IV. A QUEDA DO HOMEM
Conteúdo:
A. A possibilidade
de pecar
a)
A promessa da
aliança
b)
A condição da
aliança
c)
O julgamento no
caso da violação da aliança
d)
A previsão do
cumprimento da aliança
e)
A única
possibilidade de pecar
B. A possibilidade
de tentação do homem
a)
A livre vontade
do homem necessitava da possibilidade de decisão
b)
A comunhão do
amor precisava estar baseada na livre e espontânea vontade
c)
A obediência
constitui a condição moral para se governar
d)
A tendência santa
do homem precisava ser aprovada, a fim de se transformar em caráter santo
C. A pré-história
da queda
D. A tentação
a)
A dúvida da
palavra de Deus
b)
A negação da
palavra de Deus
c)
A palavra de
Satanás
E. A queda
IV. A QUEDA DO HOMEM
Uma das mais bonitas promessas da Bíblia mostra também a queda.
(Sl. 125:1) – Os que confiam no Senhor e não cairão.
O homem (Adão) não confiou em Deus e caiu. Contudo, dentro da humanidade
caída, ainda podemos ouvir o chamado de Deus ao arrependimento.
(Ap. 2:5) – “Lembra-te, pois, de onde caíste.”
O homem caiu fora da comunhão com Deus.
A) A POSSIBILIDADE
DE PECAR
Deus estabeleceu uma Aliança com Adão. Esta aliança regulamentou o
relacionamento de comunhão entre Deus e Adão. Esta aliança tinha uma promessa e
uma condição.
a)
A promessa da Aliança
(Gn. 2:17) – Vida eterna
O objetivo de Deus era a vida eterna numa comunhão perfeita com o
homem. Esta comunhão é a mesma existente entre Deus Pai e Deus Filho, Jesus.
(Veja Gn. 3:22-24).
b) A condição da
Aliança
(Gn. 2:16-17) – Não comerás!
Deus deu uma ordem – “Não comerás da árvore do
conhecimento do bem e do mal.” Através desta ordem, Deus exigiu obediência e
confiança.
c)
O castigo na violação da Aliança
(Gn. 2:17) – “...certamente morrerás.”
A morte do homem, provocada pela desobediência, tem um amplo
significado. A morte espiritual é a separação entre Deus e o homem, enquanto
que a morte física é a separação entre a parte material e a parte não material
do ser humano.
d) Os pré-requisitos para
cumprir a Aliança
Adão era capaz de viver na Aliança com Deus. Ele vivia num ambiente
perfeito e tinha um corpo perfeito (Gn. 1:31; 2:15). Nem Adão, nem o lugar onde
viveu, foi envenenado pelo pecado. Adão também tinha uma tarefa e uma vocação
significativa (com sentido), as quais ocupavam o seu tempo.
(Gn. 2:15) –
“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Édem para
cultivar e o guardar.”
Deus o advertiu da possibilidade de violação da Aliança. O homem
sabia que existia a possibilidade de pecar. Ele era capaz de identificar o seu
ponto fraco. Neste mandamento, era intenção de Deus dar muito mais ao homem, do
que tirar-lhe. Além, disso o homem não
estava só. Deus providenciou a Adão uma companheira que lhe era digna e idônea.
(Gn. 2:18) – “... uma auxiliadora que lhe seja idônea.”
Com isso, o homem vivia em comunhão com uma pessoa da mesma espécie.
A maior proteção para a Aliança era a comunhão com Deus. Deus viva
junto, em contato direto com os homens.
e) A única possibilidade
de pecar
A única possibilidade de pecar era a violação da Aliança. Somente a
desobediência ao mandamento do Senhor poderia provocar isso e o homem tinha a
possibilidade e a capacidade para tal.
B) A POSSIBILIDADE DE
TENTAÇÃO
Assim, surgem perguntas, tais como: Por que Deus deu ao homem um
mandamento, sabendo que na ausência deste, o homem jamais teria pecado? Por que
Deus plantou a árvore do conhecimento do bem e do mal no jardim? Por que Deus
criou o homem com a possibilidade de pecar? Por que? Por que? Por que?
As respostas a essas perguntas são encontradas apenas na natureza e
no destino do homem. O homem é um ser com uma personalidade moral. A
personalidade moral exige a liberdade de auto-determinação.
a)
A vontade livre do homem dependia da possibilidade de
decisão.
Deus criou o homem à sua imagem. O homem não foi criado para ser um
escravo ou simplesmente uma máquina ou uma marionete. Deus queria a decisão do
homem a favor dÊle. Por isso, Deus lhe deu uma personalidade à imagem de Deus.
A personalidade inclui a livre e espontânea vontade do homem. Logo, o ser
humano precisava da possibilidade de decisão. A vontade livre do homem
necessita da possibilidade de decisão.
b) O relacionamento de
amor necessita de uma base de liberdade.
O objetivo de Deus, em seu relacionamento com o homem,
era unir os dois através do amor. Deus não queria uma obediência fria e
mecânica, mas uma comunhão fundamentada no amor mútuo. Este amor daria origem
ao respeito mútuo.
O amor só pode nascer em liberdade. O amor não pode ser
ordenado. Logo, para possuir a
capacidade de amar, o homem precisava da possibilidade de não amar, Esta é a
razão pela qual Deus concedeu ao homem a liberdade de decisão.
c) A exigência moral para o governo é a
obediência.
O ser humano possui vocação para o governo. Ele deve
governar sobre a terra. O governo exige como pré-requisito a obediência. Como
uma pessoa pode governar sem ao menos conhecer como é a vida do governado?
d) A aptidão santa
precisava passar pela provação, a fim de se tornar um caráter santo.
O homem possuía uma aptidão santa, mas não era uma
pessoa santa. Para se tornar uma pessoa santa, com um caráter santo, ele
precisava ter a liberdade de decidir pela santidade. Somente através da livre e
espontânea escolha, ela poderia se tornar um ser santo.
O fato de Deus ter criado o homem como um ser livre,
com uma personalidade, com auto-determinação, com capacidade de amar, com
vocação para governar e ainda com uma aptidão santa, inclui a sua possibilidade
de livre escolha.
C) A
PRÉ-HISTÓRIA DA QUEDA DO HOMEM (UMA TEORIA)
O pecado já existia no universo bem antes do homem. A
existência do diabo – Satanás (Gn. 3:1 – a serpente), prova, isso. Sobre a
origem do diabo, não temos uma declaração clara na Bíblia. No meio da teologia
cristã, uma teoria é a mais aceita:
Satanás já estava no mundo antes da criação do homem.
Este fato é confirmado pela presença o diabo no Paraíso. Satanás, o pecado
invadiu o universo e por meio de Adão, a humanidade foi contaminada.
(Rm. 5:12) – “Portanto, assim como
por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens porque todos pecaram.”
O pecado surgiu de Satanás, antigamente conhecido como
Lúcifer (Portador da Luz), o qual é o príncipe das trevas. (Veja Ez. 28 e Is.
14.) ) seu pecado era, é e continua sendo “Eu quero !” A sua emancipação,
rebelião e independência caracterizam o pecado. Segundo Isaías 14, Lúcifer não
conseguiu atingir o propósito do seu coração. Ele lança estes pensamentos e
atitudes sobre o homem (Gn. 3:5). No fim dos tempos, este “pecado” se revela no
“homem do pecado”, na iniquidade (II Tes. 2:3), que é o Anticristo.
(II Tes. 2:4) – “o qual se opõe e se
levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de
assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.”
Podemos ver que o método diabólico da tentação
continuou sendo o mesmo. A humanidade, separada de Deus, prossegue seu caminho,
escolhido por Adão, até o fim. Em palavras mais simples, Gênesis 3 relata este
fato histórico, a queda do homem. No Novo testamento, a queda do homem,
relatada no Velho Testamento, é confirmada (Jó 8:44; II Cor. 11:3; I Ti. 2:14;
Ap. 12:9;20:2).
O último Adão – CRISTO – passou pela mesma tentação,
mas venceu.
Antes da queda, o homem tinha as duas possibilidades –
de pecar ou não pecar. Na queda, ele perdeu a possibilidade de “não pecar”.
Antes da queda, Adão sabia o que era bom e o que seria
mal. Após a queda, Adão sabia o que era mal e o que seria bom.
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